A comunidade Morrinhos, município de Uruçuí-PI, sediou o encontro sobre “Regularização Fundiária: Direito Prioritário para Comunidades com mais de cem pessoas durante os dias 21 e 22 de julho. O encontro foi realizado pela Comissão Pastoral da Terra no Piauí com o apoio de Misereor/KZE e Desenvolvimento e Paz através do projeto “Aqui é nosso Chão”.

As comunidades rurais da região de Uruçuí, 457km da capital, assim como as da região de Bom Jesus, estão rodeadas de grandes fazendas do agronegócio, fazendeiros, grileiros e milícia armada são constantes nas duas regiões. As comunidades rurais e os povos do cerrado que ali vivem e guardam os saberes ancestrais da terra e das águas estão sendo expulsos por conta do avanço e da violência causada pelo agronegócio.

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Famílias de agricultores/as, povos indígenas e tradicionais enfrentam o desafio de regularizar suas terras para permanecer no que já é deles e para isso enfrentam além da burocracia do Estado, os impactos causados pelo agro que segue contaminando, desmatando e violentando o cerrado, seus corpos D’água e seus corpos territórios.

Sr. Juarez Celestino, membro do Coletivo de comunidades e povos tradicionais do cerrado no Piauí, região de Bom Jesus, apresentando sua experiencia aos povos de Uruçuí -PI.

Esse encontro teve o objetivo de levar mais informações sobre os direitos das comunidades do cerrado acerca da regularização fundiária, territorialidade e titulação coletiva, além de fazer um intercâmbio das experiências dos diferentes povos do cerrado com a participação de representantes do Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado no Piauí (Região de Bom Jesus),

Estiveram presentes ainda representantes da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar – SAF, no entanto, o INTERPI, órgão estadual responsável pela regularização de terras, havia sido comunicado e convidado para participar desse momento junto às comunidades, mas não foi enviada nenhuma representação.

Diante da ausência INTERPI, um dos encaminhamentos do encontro foi propor uma audiência a este órgão, em Teresina, para o dia 24 de agosto.

A resistência dos povos do cerrado em suas comunidades e territórios, está organizada em promover ações estratégias que que contribuam para a manutenção da vida e de sua premência na terra aonde vivem e de ontem tiram seus sustento.