Acontece nesta sexta-feira, 06 de novembro, a Jornada de audiências dos territórios tradicionais do cerrado com órgãos públicos e setores estratégicos para as reivindicações de regularização fundiária e direitos sociais.

Representantes dos povos e comunidades tradicionais do Cerrado piauiense se reúnem no Centro  Guadalupe em Teresina-PI, com órgãos e instituições públicas para avaliar ações do Estado e Banco Mundial além de reivindicar medidas e ajustes para a melhoria da vida das comunidades.

Em uma conferência telepresencial com representantes do Interpi e o Banco Mundial  a avaliação positiva do projeto do Banco Mundial no Piauí, “Pilares do Crescimento” foi ressaltada, mas ainda há muito a conquistar e se fazer, entretanto o dialogo tem sido constate e proveitoso com avanços significativos. Além disso, as comunidades reforçaram que para em futuros projetos as comunidades e povos tradicionais devem ser e estar incluídas nas ações do projeto com todas as suas especificidades.

No segundo momento da manhã, agora presencial, os representantes dos órgãos públicos e setores locais respondem a questionamentos dos membros do coletivo de povos e comunidades tradicionais e reiteram suas ações nas comunidades.

Foi uma manhã de reflexão e compromissos assumidos para o ano de 2021. É certo que há um investimento e uma priorização do Estado em outros biomas e regiões, deixando a desejar os investimentos no cerrado no que diz respeito aos povos e comunidades tradicionais, “a atuação da secretaria da agricultura familiar no cerrado está muito aquém do que realmente precisa, temos o desafio grande e reconhecemos o quanto nos ainda precisamos direcionar projetos para a região do cerrado no Piauí”,  Patrícia Vasconcelos – Sec. De Agricultura Familiar do Estado.

Muitas comunidades presentes na jornada serão contempladas com estudos antropológicos e a agilidade nos processos de regularização de terras, a posse e a documentação de terras é importante, no entanto só a terra não basta, é preciso apoio, formação técnica e infraestrutura para manter a permanecia da mulher e do homem no campo.

“Eu acho que cada momento como esse é um passo importante, a gente fica entendendo, aprende mais e a gente só pensa que as coisas vão acontecer, tem que acreditar” – Adaildo Alves– Território indígena gamela Morro D’água II – Baixa grande do Ribeiro

“Uma coisa que nós achamos importante foi sobre a lei do reconhecimento indígena do estado e sobre os estudos antropológicos nas comunidades que já são uma força para o nosso território juntamente com o trabalho da CPT que é muito importante, que é com essa junção que tem melhorado pra nós”-  Maria Zulmira – Território indígena Vão do Vico – Santa Filomena

Estiveram presentes na jornada representantes dos órgãos públicos: Banco Mundial, Patrícia Vasconceslos, Natalina Alves da Secrataria de Agricultra Familiar- SAF, Leida Diniz – Vice Governadoria, Prof. Carmem Lúcia- UFPI, Cristhiyan Kaline e Potyguara Alencar – DEMACAMP, Leslye Ursini e Dr. Chico Lucas- INTERPI.

Entre os representantes dos territórios temos: Melancias, Brejo do Miguel e Morro D’água do (Gilbués), Territótio indígena Vão do Vico, Barra da Lagoa, Chupé (Santa Filomena), Rio Preto, Salto (Bom Jesus), Várzea Grande (Cristino Castro), Areia e Ema (Santa Luz) e representantes municípios de Currais e Floriano.

Na parte da tarde houve o lançamento do 07 episódio do podcast “Aqui é meu lugar”, uma produção feita pela CPT em parceria com a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.